PONTO NOVO: EM ASSEMBLEIA, PROFESSORES APROVAM INDICATIVO DE GREVE NO MUNICÍPIO



Veja o vídeo do momento em que os professores decidiram aprovar o indicativo de greve

Os professores da rede municipal de Ponto Novo estiveram reunidos em assembleia na manhã desta terça-feira (02) no Centro Educacional de Ponto Novo para definir os rumos das mobilizações em torno de uma série de reivindicações da categoria. Com a mediação do advogado Noildo Gomes, os profissionais discutiram, principalmente, o não pagamento do piso nacional do Magistério por parte da Prefeitura, que já não cumpriu a lei no mês de janeiro.

Como resultado da assembleia, ficou decidido o seguinte:

- A assessoria jurídica vai pedir na Justiça o bloqueio do repasse dos precatórios do antigo Fundef, para obrigar o prefeito a repassar 60% do total em forma de rateio aos professores. Segundo Noildo, baseado no total de habitantes do município há pelo menos 10 anos, o valor pode chegar a 30 mil reais para cada professor.

- A APLB Sindicato vai exigir que os professores que têm 40 horas em um município e 20 horas em Ponto Novo cumpram sua carga horária, já que alguns trabalham as 40 horas e colocam outra pessoa para cumprir as 20 horas em Ponto Novo, pagando metade ou parte do salário. Segundo Andreia Miranda, coordenadora do sindicato, os professores que fazem isso vão ter que se enquadrar.

- A categoria decidiu aprovar o indicativo de greve, caso o executivo não cumpra a Lei do Piso e decida não reajustar o salário dos profissionais, bem como se a diferença interníveis descrita do Plano de Cargos e Salários não for respeitada.

- Segundo a direção do sindicato e o advogado presente na assembleia, de agora em diante, o resultados das ações judiciais deverão contemplar, a princípio, os associados. Os demais, se quiserem ter os mesmos benefícios, deverão procurar outro advogado para lhes representar nestas questões.

Noildo se disse decepcionado com o posicionamento da categoria em Ponto Novo e lembrou que, nas cidades aonde os professores lutam pelos seus direitos, os salários são maiores e os prefeitos respeitam mais os profissionais. No caso de Ponto Novo, todos os anos acontece essa discussão. A Prefeitura sabe que janeiro é a data-base para reajuste salarial baseado no Plano de Cargos e também na Lei do Piso Salarial do Magistério, mas evita se planejar antecipadamente e mantém o velho discurso, que não dispõe de recursos para arcar com o impacto financeiro dessa medida. Há três anos os professores graduados e pós graduados de Ponto Novo não têm reajuste.

No próximo dia 12, haverá uma reunião entre uma comissão da APLB e o executivo municipal para tratar desses temas e, dependendo do que for decidido nela, uma outra assembleia será convocada, mas os professores já estão dispostos a boicotar a jornada pedagógica e, se necessário, não iniciar o ano letivo de 2016 até que seus direitos sejam efetivamente assegurados e a Lei cumprida.

Da Redação
Portal Ponto Novo
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