ECONOMIA: EMPRÉSTIMOS CONSIGNADOS DO INSS TERÃO LIBERAÇÃO INSTANTÂNEA


Os empréstimos consignados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) serão liberados de forma instantânea pelos bancos a partir de junho do próximo ano. Hoje, aposentados e pensionistas levam de três a oito dias para ter o dinheiro em mãos.

Como parte do processo, em dezembro deste ano, os 26 milhões de segurados do INSS poderão conferir, nos terminais de autoatendimento dos bancos onde recebem os benefícios, o histórico de empréstimos realizados e o índice de comprometimento do benefício com o financiamento, a chamada margem consignável - o segurado não pode vincular mais de 30% da renda com o crédito consignado. Essas são as duas próximas etapas do chamado projeto ECO (Empréstimo Consignado Online), desenvolvido pela Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (Dataprev), em parceria com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

A ferramenta permitirá a comunicação online entre bancos e INSS. Atualmente, o procedimento é feito por meio de troca de arquivos, processo que leva ao menos três dias. O banco que oferece o empréstimo, geralmente, leva mais algum tempo para liberar os recursos após a averbação, ou seja, o registro pelo INSS.

Pelo novo sistema, o banco que oferecer o empréstimo ao aposentado ou pensionista vai consultar de forma instantânea o sistema da Dataprev para conferir a margem consignável da operação. Se o INSS liberar o empréstimo, o banco que ofertará o financiamento enviará uma TED (Transferência Eletrônica Disponível) à instituição financeira onde o pagamento da aposentadoria ou pensão é feito - esse processo leva uma hora. A confirmação do empréstimo será feita no caixa eletrônico.

Todos os bancos confirmaram que se adequarão à nova ferramenta, de olho em um mercado de R$ 72,2 bilhões. O Banco Central informou que o consignado cresceu 14% no último ano, ritmo superior ao registrado no crédito com recursos de livre aplicação pelos bancos - que se expandiu 11,5%. Esse tipo de empréstimo é atrativo aos bancos também por ter um dos mais baixos índices de inadimplência do sistema financeiro. O porcentual de atrasos dessa linha fechou junho em 1,9%, nível bem inferior aos 6,5% dos empréstimos às famílias.

ESP
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