PARALISAÇÃO – UNEB REIVINDICA MAIOR ORÇAMENTO E FECHA PORTÕES NESTA TERÇA-FEIRA (29)


foto: Paralisação com portões fechados
A UNEB paralisa as atividades acadêmicas, com portões fechados, nesta terça-feira, 29.04. A atividade acontece para reivindicar maior repasse financeiro do estado às Universidades Estaduais da Bahia (Ueba). A paralisação, aprovada nas assembleias gerais dos professores, será realizada pelas quatro estaduais baianas: UNEB, UEFS, UESB E UESC. No campus da UNEB, de Salvador, no portão da universidade, a partir das 7h, será oferecido um café da manhã aos docentes, acompanhado de ampla panfletagem. Os campi do interior também ficarão fechados, e cada um decidirá sobre sua própria atividade de mobilização.
A ação faz parte de uma agenda e mobilizações que, a partir deste mês de abril, intensifica a luta dos professores pelo ensino público superior de qualidade e pelo aumento de, no mínimo, 7% da Receita Líquida de Imposto (RLI). Atualmente esse valor não chega a 5%.

As Assembleias aprovaram ainda paralisação no dia 28 de maio, com intensa campanha de mídia e mobilizações, que são reforçadas por camisas, panfletos, mensagens em rádio e outdoors.

Para os professores da Associação dos Docentes da Universidade do Estado da Bahia - ADUNEB, as mobilizações são necessárias para reforçar a denúncia à sociedade da grave crise orçamentária, decretada pelo governo estadual às Ueba. Entre os inúmeros problemas a se destacar, este ano, foram cortados quase 12 milhões de reais do orçamento das universidades em custeio e investimento, o que prejudica diretamente ensino, pesquisa e extensão. O déficit no quadro de vagas ataca diretamente professores e técnicos, que tem como consequência a sobrecarga das funções, levando ao adoecimento dos servidores. Falta ainda um eficaz programa de permanência estudantil para auxiliar alunos de baixa condição financeira. Segundo o reitor da Uneb, José Bites, apenas essa universidade possui um déficit de aproximadamente R$ 13 milhões, resultado de dívidas ainda do ano passado. A luta por 7% da RLI tem o apoio de reitores, técnicos e estudantes.

As ações do governo demonstram que a educação na Bahia é tratada como gasto invés de investimento. Para os professores, caso o governo não tenha boa vontade política em minimizar a crise financeira das universidades estaduais, não está descartada uma greve feita por todos os segmentos da comunidade acadêmica.

A ADUNEB informa ainda que eventos previamente programados, desde que feita a solicitação pela comissão organizadora, terão a possível liberação analisada caso a caso.

UNEB
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