DETENTO EM JUAZEIRO SE DIZ INOCENTE E ESCREVE SOBRE VÁRIOS TEMAS

Discurso

“O que é pentecostes para nós!”

Pentecostes quer dizer: “qüinquagésimo (=50º).

Era a festa da colheita judaica, comemorada no 50º dia após a páscoa. Também conhecida como “festa das primícias” (lv 23.17): começava com a colheita (lv. 23.9-11) e terminava com o “pão na mesa” (lv. 23.15-17). Este dia, era o último, o 50º dia: o “grande dia”.

Foi num desses dias que o Espírito Santo de DEUS foi derramado sobre a sua igreja, (at.2.1-4).

Era o dia da “remissão”, o dia da alegria, o dia da adoração.

Significava que DEUS havia dado bons frutos, e a colheita seria próspera: por isso, dedicava ofertas ao Senhor como gratidão.

Talvez essa seja a melhor palavra: “gratidão”; é o melhor termo para descrever o pentecostes!”.

Sendo assim, pentecostes é a certeza da prosperidade: DEUS nos enriqueceu; é a oportunidade da graça – DEUS nos abençoou.

Mas não nos esqueçamos: a “festa de pentecostes” é sinônimo de justiça: na justa medida, conforme prescrito, o povo de Israel comemorava, simbolizava a graça recebida; e começavam por agradecer já antes do ciclo se completar – a festa se tornava completa quando terminava suas colheitas!

Pentecostes nos ensina que o valor não está quando terminavam suas colheitas!

Pentecostes nos ensina que o valor não está no que nós comemos, mas na graça recebida, no que não temos – pois o que temos nos foi outorgado.

Sendo assim, se nos privam, nos humilhamos; se nos julgam, nos submetemos; se tiram nossa liberdade, injusta e indevidamente, associamo-nos ao conhecimento; se nos maltratam, transformamos a ofensa em “otulo”.

Mas não nos rendemos: presos, somos livres pelo conhecimento; se maltratados somos livres pela razão; se humilhados somos inscrepsíves pela sabedoria; se desprezados, somos coroados pela lógica – nada que nos façam, nos deterá ou nos desviará do caminho do conhecimento.

Querem ver mudanças? Dêem-nos livros! Querem ver transformação? Propiciem-nos conhecimento! Querem a paz? Propiciem-nos a justiça justa!”.

Enfim, o “termo do SENHOR” é o conhecimento; a gratidão e o fruto da fé. A bondade é o centro do poder!

Prendam-nos e estaremos livres; humilhem-nos e estaremos glorio! Privem-nos de nossos direitos e estaremos amparados por DEUS; façam-nos o mal e lhes devolveremos, em dobro, com o bem!

Querem saber onde funcionam esses princípios? Pois eu lhes respondo: no mundo do saber; no universo do conhecimento!

Quem sabe e escraviza, é escravo do seu escravo; o escravo sábio é senhor daquele que, estúpido, parvo, finge destes o poder!

Nesta nova fase do “Raio B”, queremos propor um novo caminho: o caminho do conhecimento, do respeito, da justiça, da verdade, e, antes de tudo, da humildade.

Este é o caminho: os sábios trilharão por ele. Esta é a via: e, por ela, não nos deteremos, nem seremos detidos!

Mas submetemo-nos; entregamo-nos, como quem espera daquele que, “potento”, faça chover a justiça, como as águas cobrem o mar!

Isto é pentecostes!

Alegramo-nos com o que recebemos, crendo que melhores colheitas virão. Então que, nos alegremos!!!

Encerro essa minha fala, por ora, com um simples “verso”, cunhado com o próprio punho:

“cadê as rosas?

Só vejo concreto!

E porque não há rosas?

Tornamo-nos Abjetos?

Não sejamos discretos alegremo-nos agora

Pois a paz não está lá fora

Está no conhecimento, desprezado outrora...”

“Então, que se viva a vida!”



Carlos dos Santos Silva Interno, “raio b”; conjunto penal de Juazeiro-Ba

ex pastor, teólogo, filósofo e filólogo, auto-didata, mestre em sociologia pela Universidade Makenze, pesquisador, escritor e poeta(todos com justiça) e presidiário (por “injustiça pretificada” do sistema judiciário).

19/05/2013
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