A "COISA" AGORA VAI!

Caro Netto,

A "coisa agora vai"! Uniram-se o cego e o aleijado para ajustarem os problemas da saúde em Bonfim.

Um partiu do pressuposto da "municipalização" do hospital, ou seja, pagar para reconhecer uma entidade que já lhe pertencia, por direito.

O outro assumiu a condição de cegueira, por já não ter visto isto antes - a municipalização -, inclusive, em tempos recentes, fazendo um grande alvoroço para entregar o HDAM para novos gestores, como se isto fosse o grande problema a ser desatado. Um simples problema de falta de visão gerencial e política.

Um cego e um aleijado que esquecem que não precisamos de novas edificações imediatas. Um cego e um aleijado que esquecem que já temos uma UPA em construção, aliás, e como sempre, com atraso na entrega das obras. Desta obra não vemos nem ouvimos nada, seja por parte da Prefeitura, Deputado, representantes do Estado ou da União.

Se o problema é de edificação e novos equipamentos, a UPA está ai! Para que novas edificações? Bastaria colocar para funcionar a UPA para atendimento das urgências, além de uma reforma no centro cirúrgico e revisão do projeto de gases do HDAM. Com isto já teríamos meio caminho andado e a população estria sendo atendida de forma mais digna. Ocorre que o problema não é de novas edificações e de novos equipamentos. Necessitamos de melhorias? Sim! Claro! No entanto o que mais urgentemente necessitamos, no exato momento, é de recursos para suprir as necessidades do hospital, seja de mão-de-obra, seja de materiais.

Um cego e um aleijado tem as suas deficiências, no entanto, possuem ouvidos que podem escutar para receber as mensagens do que é certo e do que é errado. O problema é a falta de humildade em aceitar o que não querem ouvir, pois não fora pensado por eles. É bonita a aproximação do deputado Carlos Brasileiro com o atual Prefeito, estariam deixando para trás todas as desavenças e xingamentos de palcos eleitoreiros? Infelizmente não! O que mais se vê nesta história é a marca da eleição que se aproxima.

Acredito que os últimos acontecimentos vistos nas ruas do Pais, denotam que a população está cansada dos maus serviços, das promessas não cumpridas, do distanciamento dos eleitos para com o povo e preconizam um clima de insatisfação que não sabemos onde pode chegar. Aqui cabe uma leitura política, onde os atores políticos deveriam adiantarem-se aos movimentos, satisfazendo as necessidades da população. Uma população consciente e mobilizada exige os seus direitos de forma ordenada, uma horda trás consequências nefastas para uma cidade.

Observo ainda que o custo de gerenciamento, direto do hospital pela Prefeitura, encarece os serviços com o recolhimento da parte patronal da previdência social.

Concluo ratificando que os R$ 950.000,00 ( novecentos e cinquenta mil reais ) a serem pagos ao IBAPS, seria mais que suficiente para suportar os déficits atuais do hospital, dando-lhe suporte por, no mínimo, um ano. As conversas com o governo estadual devem ter como foco o custeio do hospital, a construção de um outro, deve ser feita em local diferente do existente, o projeto já existe.

Humberto Santiago
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