CENTRO DE REFERÊNCIA DA MULHER REPUDIA CRIME CONTRA A MULHER EM BONFIM

CENTRO DE REFERÊNCIA DA MULHER

Praça Juracy Magalhães, 06, Centro – ao lado da Catedral
Tel.: (74) 3541- 9300 email: crmms2010@hotmail.com
centrodereferenciadamulher.blogspot.com


NOTA DE REPÚDIO


A Bahia tem assistido, nos últimos dias, seja pela televisão ou pelos jornais, aos capítulos de uma novela que aflige a população: o aumento da violência. As ocorrências têm tido aumento significativo principalmente nos casos de violência doméstica e familiar, quando da morte de mulheres por seus companheiros possessivos, em decorrência de uma cultura patriarcal/machista.

O cenário é preocupante. A Bahia, em particular, encontra-se no ranking da primeira posição em violência contra as mulheres em todo o país. A segurança pública não é um problema isolado da pessoa ou da família de quem sofre a violência, mas de toda comunidade.

Ciente do ocorrido em nossa cidade concernente à morte de Marcia Regina, 28 anos, morta por seu companheiro João Macedo, no último dia 29, o Centro de Referência da Mulher externa à família enlutada suas mais sentidas condolências, ao tempo que conclama aos poderes públicos que atendam aos apelos da sociedade no sentido de criar políticas de segurança pública, principalmente àquelas que beneficiam as classes mais fragilizadas de forma que protejam as famílias e ajudem no desenvolvimento de suas potencialidades, das heranças políticas e familiares e que garantam o fortalecimento de toda a sociedade.

A criação de organismos de política para as mulheres é um incentivo do Governo Federal, do Governo do Estado da Bahia e se acha fortalecido pelo conclame da sociedade civil organizada quando do I Seminário de Mobilização do Piemonte Norte do Itapicuru em 25 e 26 de julho de 2011, que através das propostas apresentadas, teve por unanimidade a recomendação da implantação destes organismos em todos os municípios representados pelo Território do Piemonte Norte do Itapicuru, como: as Secretarias de Políticas para as Mulheres, as Delegacias Especializadas, os Núcleos de Atendimento às Mulheres e os Conselhos dos Direitos das Mulheres.

À sociedade civil conclamamos a real participação nos espaços de discussão. Não podemos ficar omissos: a violência é problema de todos nós;

Às vítimas incentivamos a buscar ajuda. Na maioria das vezes as vítimas se condicionam à agressão. Acham “normal”, tem vergonha ou preconceito.

Passos para quem precisa de ajuda:

Quebrar o silêncio e o preconceito pessoal;
Perder o medo e a vergonha;
Buscar a ajuda de pessoas mais próximas e confiáveis (Parentes, Centro de Referência da Mulher, Polícia, Agentes Comunitários, pastor, padres; OAB, Ministério Público, Defensoria Pública, Delegacia de Polícia...)
Há suficiente legislação para justificar qualquer atitude contra a violência. Mas é necessária uma postura ativa da vítima, pois a maioria dos atos agressivos só existe sob o manto do silêncio e da discrição.
A violência é problema de todos nós. Portanto, resta a busca do elo entre a lei e a efetiva cessação dos atos violentos. Esse elo só pode ser formado se ninguém ficar omisso.
A luta é de todos e não só das vítimas;
Lute pela sua dignidade
Não tenha medo nem receio de conquistar sua dignidade ou ajudar o próximo nesse desafio. Ela é assegurada pela lei, mas há um elo que depende de cada um que está diante da violência.

Lembre-se: Quem desperta para a necessidade de uma vida digna não pode desistir!

Senhor do Bonfim-BA, 10 de outubro de 2011

Por que a nossa meta é fazer valer os nossos direitos sem deixarmos de cumprir com os nossos deveres, sempre!

Atenciosamente,

Maria José Ferreira Alves
Coordenadora do CRM
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