GREVE DE PROFESSORES UNEB


Raíza Rocha

Reunidos em Assembleia Geral, na manhã de hoje, os professores da UNEB deflagraram GREVE por tempo indeterminado. A partir de amanhã (27 de abril), não haverá aula na UNEB, incluindo os Programas Especiais. Com a participação de 187 professores, apenas 30 votos foram contrários e 19 abstenções. A greve foi motivada, dentre outras reivindicações, pela retirada da cláusula da “mordaça” do acordo de Incorporação da CET, que congela os salários dos professores por 4 anos, e pela revogação do Decreto 12.583/2011.

A decisão foi tomada após uma ampla discussão sobre a situação atual de estrangulamento orçamentário das UEBA, retirada de direito dos docentes e arrocho salarial. Na ocasião, os professores avaliaram como uma postura autoritária a interrupção, pelo Governo, das negociações da campanha salarial 2010, quando impôs uma cláusula que tinha o objetivo de engessar o movimento docente. O decreto de contingenciamento também foi avaliado como mais uma política de ingerência do Governo nos assuntos da Universidade.

A radicalização através da greve se faz necessária, uma vez que, todos os recursos foram utilizados na tentativa de sensibilizar o Governo a reabrir as negociações da campanha salarial 2010 e a revogar o Decreto 12.583/2011, bem como não interferir nos processos de promoção, progressão e mudança de regime de trabalho.

Na assembleia, os professores avaliaram que a proposta de mudança na redação da cláusula, apresentada por email no dia 20 de abril pelo Coordenador da CODES (veja aqui), mantém o propósito da redação anterior de congelamento dos salários até o fim da incorporação da CET(veja aqui). No novo texto, o Governo tenta enrolar, mais uma vez, o movimento ao afirmar que o reajuste linear anual não será prejudicado com a incorporação da CET. No entanto, o que o governo não diz é que o reajuste linear é apenas reposição salarial e não significa aumento real, ou seja, os salários continuarão, com a manutenção da cláusula, congelados até 2015.

Greve é com mobilização!
Como encaminhamento, a assembleia instituiu o comando de greve. A primeira ação do movimento grevista na UNEB é a construção e participação, no dia 28 de abril, às 14h, da passeata que ocorrerá do Campo Grande à Praça Municipal em conjunto com os movimentos grevistas das demais Universidades Estaduais. Amanhã, às 10h, haverá reunião do comando de greve para ampliar o calendário de mobilização e tomar as primeiras providências da greve.

A ADUNEB informa que irá reembolsar o pagamento das passagens intermunicipais daqueles professores que participarem da atividade e a locação de vans ou microônibus no caso da presença de um maior número de professores.

Queima de Judas simboliza repúdio à traição do Governo Wagner com a Educação


Antes do início da assembleia, houve um ato simbólico da queima de Judas em referência à traição do Governador com as demandas da Educação. Leia abaixo o testamento de Judas elaborado por dois diretores da ADUNEB.

Mirian Ferreira de Brito
Profa. Geometria e Desenho
Laboratório de Desenho
UNEB-DEDC/Campus VII
Senhor do Bonfim, Bahia

FONTE: ADUNEB
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