TRIBUNAL DO JÚRI DE SENHOR DO BONFIM JULGOU, ONTEM (29.07), ACUSADOS DE SEQUESTRAR E MATAR VÍTIMA EM 1989

Esteve reunido ontem, 29.07, o Tribunal do Júri da Comarca de Senhor do Bonfim, quando julgou Ação Penal por Homicídio Duplamente Qualificado, tendo como acusados Firmino Francisco de Santana (Nezinho), Antônio Evangelista da Silva e Honório Pereira Nunes.

Segundo a denúncia oferecida e sustentada pelo Ministério Público, o acusado Firmino matou a golpes de facão, no dia 13 de fevereiro de 1989, na Ladeira do “Pinica-Pau”, no Distrito de Igara, Joaquim Ferreira Pinto, por vingança, porque Joaquim havia cometido homicídio contra o cunhado de Firmino, de nome Leontino José dos Santos e conhecido pelo apelido de “Fita”, fato ocorrido anos antes na Fazenda Queimada Grande, no Município de Monte Santo.

Ainda segundo a denúncia oferecida e sustentada pelo Ministério Público, Firmino (o Nezinho) teria contado com a colaboração do seu então genro, Honório Pereira Nunes e do então Guarda Municipal, Antônio Evangelista da Silva, tendo seqüestrado a vítima Joaquim, no Posto Santana, conduzindo-a até o local do crime.

A defesa de Firmino (o Nenzinho) foi patrocinada pelo advogado criminalista Josemar Santana, que completou 82 atuações no Tribunal do Júri, desta feita sustentando a tese de Legítima Defesa Putativa, que é caracterizada quando a vítima faz algum gesto que dá a impressão de que vai sacar uma arma e o agente pensando que vai ser atingido, se antecipa e atinge o seu pretenso agressor, tirando-lhe a vida para salvar a sua própria vida.

Na defesa de Honório atuou o advogado Djair Soares, de Petrolina e na defesa de Antônio Evangelista atuou o defensor Público da Comarca de Senhor do Bonfim, Hélio Messala, que, juntamente com o advogado Djair, defendeu a tese de negativa de autoria, sustentando que os acusados defendidos por eles não participaram do crime.

A tese do criminalista Josemar Santana foi aceita por 4 votos contra 1, resultando na absolvição de Firmino, enquanto a tese de negativa de autoria foi recusada, mas o Tribunal do Júri entendeu que deveria perdoar os acusados Honório e Antônio Evangelista, absolvendo-os da acusação de participação no crime.

Presidiu o Tribunal do Júri, o Juiz Titular da Vara Crime, Dr. Tardelli Cerqueira Boaventura, enquanto a acusação foi promovida pela Promotora de Justiça Ítala Suzana Carvalho Luz.

O Tribunal do Júri de Senhor do Bonfim volta a se reunir no dia 11 de agosto próximo para julgar outro processo de homicídio consumado.

Sansil Comunicação
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