O MOVIMENTO DOS PEQUENOS AGRICULTORES NA BAHIA OCUPA A FIRMA SITIO BARRERAS NO POLIGONO DE IRRIGAÇÃO DE PONTO NOVO

As famílias do MPA-Bahia ocuparam hoje de tarde a sede da firma Sitio Barreiras. Esta é uma das duas empresas beneficiarias do Projeto de Irrigação de Ponto Novo. No Dia Internacional da Mulher, jornada de luta para o MPA e a Via Campesina, o movimento reclamou a terra para as famílias do acampamento Terra Nossa, bem próximo á cidade de Ponto Novo. A intenção é não sair do prédio ate não confirmar uma Audiência Publica com o estado de Bahia, no acampamento.
O Movimento dos Pequenos Agricultores, saindo do VI Encontro Estadual que aconteceu nestes dias em Senhor de Bonfim, quis mostrar a solidariedade com as famílias camponesas que foram expulsas de suas terras pela construção deste projeto. A terra é do Estado, que na vez de repartir ela nas mãos dos trabalhadores/as, entregou para duas firmas que produz mono-cultivo de banana para exportação, contratando mão de obra barata, e usando agrotóxicos que jogam veneno no ar e na água.
A jornada começou com a ocupação da BR-407 na ponte do Rio Itapicuru, em Aroeira. Quase mil pessoas tomaram a pista e as retenções chegaram a 12 km. As ferramentas de trabalho, gritos de ordem, bandeiras, pedras e pneus tomaram a pista junto á companheirada. A policia chegou logo, e começou a negociação. Depois de varias horas sem resposta do governo, as famílias resolveram mudar a ocupação para a sede da firma, na mesma BR.
A animação das famílias é grande, teve vários momentos de tensão, mais o povo esta firme e a intenção é garantir a negociação com o Governo do Estado. Varias vezes o movimento foi até Salvador, e por enquanto o governo não respondeu às demandas. Agora o Movimento quer que seja os representantes do Governo do Estado e do INCRA, que cheguem no acampamento para fazer uma Audiência Publica.
Existem duas possibilidades para o campo, de um lado o agronegócio, com exemplos como Ponto Novo (terra nas mãos das empresas, veneno, produtos para exportação...), que trazem o êxodo as cidades e a morte da cultura e do meio ambiente. E do outro a agricultura camponesa, o Plano Camponês, que defende a produção de alimentos saudáveis e a soberania alimentar das famílias agricultoras, que vendem seus produtos ao povo brasileiro.
Esta é a proposta do MPA para resgatar a qualidade de vida das famílias na roça, e têm como pauta o aceso á terra, água e sementes para garantir a produção. E também o aceso a educação, saúde, lazer, nas comunidades.
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