Show de variedade na praça natalina dobrou a madrugada

O quarto dia consecutivo do Natal pra Nossa Gente realizado no largo da Prefeitura Municipal ontem (22) apresentou uma agenda farta e variada de apresentações. Aos 30 minutos de hoje a cantora Raiane ainda brincava com o público: “agora é que está bom, é a dobra da madrugada”.

Fazendo solo vocal na companhia do seu trio “Som Cuca”, Raiane foi capaz de interpretar canções populares bem escolhidas dando-lhes uma versão rítmica renovada. Valendo-se do seu timbre especial e de um instrumento de percussão pouco conhecido, mas suave, saiu, por exemplo, da originalidade de Vinicius de Moraes sem comprometer a qualidade do samba. Com um copo na mão, porém lúcido, Aurélio (Aureoly Guimarães) deixou escapar: “lembra o estilo de Cássia Eller”.

Partilha

As atrações anteriores foram ao feitio do Natal. Aproximadamente 30 garotas fizeram o “Anjos de Luz” com toda graça juvenil. Trajada de branco, parte delas foram as irrequietas bailarinas anunciadoras da vinda de Jesus Cristo e exaltadoras da Família enquanto unidade básica da estrutura social cristã. Um pouco antes, a totalidade delas tinha praticado o que mais sintoniza esse grupo católico: cantar em conjunto. Dirigidas por Luzia (Alves Batista) elas formam o Coral Anjos de Luz. Suas mensagens “partilharam esperanças”, como sugeriu o discurso do prefeito Paulo Machado no começo da noitada. A numerosa platéia as aplaudiu repetidamente.

Espaço

Jacira Lola, moradora na Cândido Félix 203, confessou seu gosto por esse tipo de festa de Natal e Joselita Vieira, que veio da Rua Voluntários da Pátria com um filho de oito anos foi adiante: “Esse espaço (a frente da Prefeitura) devia comportar atividades culturais o tempo todo e não ser só no fim do ano”. Ambas prometeram não perder apresentação da Filarmônica Mirim da União dos Ferroviários, que entraria no momento seguinte.

Se ficaram assistiram duas apresentações do gênero. Uma com instrumentos clássicos de uma filarmônica tradicional e outra com a garganta, constituída do Coral da Saudade. A filarmônica foi a mirim da União, com 38 adolescente, 12 dos quais do sexo feminino e todos na faixa etária média dos 14 a 15 anos. “Se Cantídio, que é ou seo Bananeira, tem 77 anos e é uma exceção na filarmônica”, disse o maestro José Eduardo Rodrigues. Eduardo sustenta que seo Bananeira é um símbolo da história musical de Bonfim.

Regência

A sonorização da praça bradou que “Quatro desses mirins estão estudando música na UFBA – Universidade Federal da Bahia”, era a voz inconfundível de Eloilto Cajuhy como que a dizer vocês da platéia têm razão para estar gostando. E a regência do maestro Fernando Dantas entrou dosando as vozes de 26 adultos em cantorias soladas por um ou por todos. Lá estava o professor e membro da Academia de Letras, Pedro Ernesto, entre os que no Coral da Saudade orgulhosamente obedeciam a partitura executando letras e músicas para o Natal de 2009.

Assessoria de Comunicação PMSB
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