Governo lança PAC para cidades históricas

As rachaduras na parede da Igreja de São Francisco de Assis, na cidade mineira de Mariana, podem ser vistas como cicatrizes dos anos e anos de descaso com o patrimônio histórico brasileiro. Inaugurado em 1794, o templo está infestado de cupins e corre o risco de desabar - bem como várias outras igrejas de Ouro Preto. Rachaduras e insetos não são as únicas marcas da negligência. Em Erechim, no Rio Grande do Sul, um prédio de alvenaria de 1933 foi demolido sem autorização. No Recife, Pernambuco, 12 estátuas do Circuito da Poesia foram depredadas. Na Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres, em Jaboatão dos Guararapes, também em Pernambuco, os azulejos brancos portugueses da fachada estão caindo. Já em Juazeiro do Norte, no Ceará, a estátua de Padre Cícero perdeu a ponta dos dedos da mão direita. E tudo isso aconteceu apenas em julho. Para tentar restaurar e conservar o que sobrou de patrimônio histórico no Brasil, o Ministério da Cultura vai lançar no dia 28 o Programa de Aceleração do Crescimento das Cidades Históricas. Abrigado sob o generoso guarda-chuva do PAC, o projeto deverá injetar R$ 150 milhões por ano em 124 cidades históricas, com obras de requalificação urbanística, infraestrutura urbana, financiamento para recuperação de imóveis privados, restauro de monumentos e promoções do patrimônio cultural.

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